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domingo, 29 de abril de 2012

Vi o mundo[The Economist]: A terceira revolução industrial

Em breve teremos a popularização das impressoras 3D. Todos possuiremos uma em casa, ou quase todos. Perderemos horas tentando fazer uma xícara ou um prato, ou ainda, um objeto qualquer. Isto não será impactante. Contudo ficará mais caro do que as quinquilharias da China, por exemplo.
O problema mesmo virá quando estas grandes máquinas se tornarem comuns na indústria. E na manufatura então?... Mas é assim mesmo. A tecnologia não tem ética e muito menos, sentimentos sociais, por assim dizer. A força de trabalho com o seu enorme Exército Industrial de Reserva só tende a crescer mais.
Isto faz lembrar de uma historinha do Tio Patinhas que convocara o professor Pardal para construir uma fábrica totalmente robotizada. Não lembro do desfecho, parece que não deu certo.
Porém, sem consumidores não há consumo. Pena que esta máxima não seja tão verdadeira assim.
Alguém se lembra do chamado Milagre Brasileiro? Um mercado de 30 milhões de consumidores para um população de 90 milhões de pessoas ou algo assim. É a lógica da exclusão!

Ilustração da matéria original em The Economist


Vídeo da BBC postado pelo Azenha - Vi o Mundo
Dica: No vídeo, dê uma pausa, clique em CC, transcrever audio, e após, escolha a legenda seu idioma.

24 de abril de 2012 às 19:55

Economist: A terceira revolução industrial

A digitalização da manufatura vai transformar a forma com que as coisas são feitas — e mudar as políticas de emprego, também

A primeira revolução industrial começou no Reino Unido no fim do século 18, com a mecanização da indústria têxtil. Tarefas feitas laboriosamente pelas mãos, antes, por centenas de tecelãs, foram juntadas em um único moinho de algodão, nascendo assim a indústria. A segunda revolução veio no século 20, quando Henry Ford dominou a linha de montagem móvel e trouxe a idade da produção em massa. As duas primeiras revoluções tornaram as pessoas mais ricas e urbanas. Agora uma terceira revolução está em andamento. A manufatura está se tornando digital. Como o relatório especial desta edição destaca, isso poderia mudar não apenas os negócios, mas muito mais.

Um número de notáveis tecnologias estão convergindo: software engenhoso, novos materiais, robôs mais capazes, novos processos (notadamente a impressão tri-dimensional) e toda uma gama de serviços baseados na rede. A fábrica do passado era baseada na produção de zilhões de produtos idênticos: Ford famosamente disse que os compradores de automóveis poderiam escolher qualquer cor, desde que fosse o preto. Mas o custo de produzir quantidades menores com maior variedade, com cada produto desenhado para atender aos desejos de cada consumidor, está caindo. A fábrica do futuro vai focar na customização em massa — e pode ficar muito mais parecida com aqueles teares individuais do que com a linha de montagem do Ford.

Rumo à terceira dimensão

A velha forma de fazer as coisas envolvia muitas partes, além de parafusos ou solda para juntá-las. Agora um produto pode ser desenhado por um computador e “impresso” numa impressora 3D, que cria um objeto sólido construído através do acúmulo de camadas sucessivas de matéria prima. O design pode ser modificado com apenas alguns toques no mouse. A impressora 3D pode funcionar sem supervisão humana e pode fazer coisas que eram muito complexas para as linhas de montagem tradicionais. Em algum tempo, estas máquinas impressionantes poderão fazer qualquer coisa, em qualquer lugar — da garagem de casa ao vilarejo da África.

As aplicações da impressão em 3D são especialmente intrigantes. Os aparelhos contra a surdez e as peças de alta tecnologia de jatos militares já têm sido impressas de forma customizada. A geografia das cadeias de fornecimento será transformada.  Um engenheiro que trabalha no meio de um deserto e sentir falta de alguma ferramenta não precisará encomendar para entrega na cidade mais próxima. Ele pode fazer o download do design e mandar imprimir a ferramenta. Os dias de um projeto paralisado por causa de uma peça ou de um kit, ou de consumidores que reclamam por não encontrar peças de reposição, vão ficar para trás. Continue lendo.

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