O Tempo: Minas Gerais está deficitária
Após fechar contas de novembro, caixa do governo mineiro acumula saldo negativo de R$ 1,7 bilhão
Com o provisionamento dos cerca de R$ 2 bilhões referentes ao 13º salário dos servidores em 30 de novembro, o governo de Minas chega ao último mês do mandato com déficit acumulado de R$ 1,7 bilhão nas contas. Com isso, a possibilidade de o governador eleito Fernando Pimentel (PT) receber as contas no vermelho a partir de 1º de janeiro é cada vez mais real.
Embora o 13º tenha sido contabilizado em
novembro, o dinheiro só cairá nas contas dos servidores em 20 de
dezembro. Conforme o Portal da Transparência do Estado, a arrecadação em
novembro foi de R$ 5,9 bilhões, e os gastos superaram os R$ 7,5 bilhões
– o maior volume do ano.
Conforme O TEMPO mostrou no sábado, pesam contra o
governo dois fatores: o primeiro é que dezembro é um mês em que,
historicamente, as contas fecham no vermelho. No ano passado, por
exemplo, as despesas superaram as receitas em R$ 2,2 bilhões. Desde
2009, a exceção à regra só foi verificada em 2012 – ano de crescimento
econômico de 2,3%, acima da média nacional –, com superávit de R$ 1,28
bilhão em dezembro.
O segundo fator que pode
complicar as contas do governo diz respeito à arrecadação, que deve ser
menor do que a prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No
papel, a promessa do Executivo é fechar o ano com receita de R$ 77,7
bilhões. Até hoje, entraram no caixa R$ 63,7 bilhões. Ou seja, para
cumprir a meta, o governo tem que arrecadar nada menos que R$ 14 bilhões
até o dia 31, um número nunca antes atingido em meses de dezembro. Para
se ter uma ideia, no último mês de 2012, a arrecadação chegou próximo a
R$ 11 bilhões.
Questionado pela reportagem, o governo não confirma nem desmente a possibilidade de não atingir a meta de receitas para o ano. Nas contas do governador, Alberto Pinto Coelho (PP), a receita deste mês “inclui repasses da União, no valor de R$ 330 milhões, e operações de crédito, no valor de cerca de R$ 1,1 bilhão”, conforme sua assessoria.
A reportagem também questionou o governo se há expectativa para cortes nos gastos de dezembro, mas não obteve resposta.
Balanço. Na comparação com outubro, o mês de novembro foi de cortes em 15 áreas e de aumento de gastos em outras dez. Os custos com a administração, por exemplo, subiram quase 60%, passando de R$ 162 milhões para R$ 258 milhões. Os investimentos em educação cresceram de R$ 652 milhões para R$ 1,1 bilhão, ou seja, aumentaram 73%.
Dentre os cortes, se destacam a Agricultura – de R$ 59 milhões em outubro para R$ 7 milhões em novembro – e Ciência e Tecnologia, com redução de 59%.
Questionado pela reportagem, o governo não confirma nem desmente a possibilidade de não atingir a meta de receitas para o ano. Nas contas do governador, Alberto Pinto Coelho (PP), a receita deste mês “inclui repasses da União, no valor de R$ 330 milhões, e operações de crédito, no valor de cerca de R$ 1,1 bilhão”, conforme sua assessoria.
A reportagem também questionou o governo se há expectativa para cortes nos gastos de dezembro, mas não obteve resposta.
Balanço. Na comparação com outubro, o mês de novembro foi de cortes em 15 áreas e de aumento de gastos em outras dez. Os custos com a administração, por exemplo, subiram quase 60%, passando de R$ 162 milhões para R$ 258 milhões. Os investimentos em educação cresceram de R$ 652 milhões para R$ 1,1 bilhão, ou seja, aumentaram 73%.
Dentre os cortes, se destacam a Agricultura – de R$ 59 milhões em outubro para R$ 7 milhões em novembro – e Ciência e Tecnologia, com redução de 59%.
Último dia
Caixa. Até sábado, dia 29, os gastos do governo em novembro eram de R$ 2,8 bilhões. No último dia do mês, quase R$ 5 bilhões deixaram os cofres, principalmente para o empenho do 13º.
Caixa. Até sábado, dia 29, os gastos do governo em novembro eram de R$ 2,8 bilhões. No último dia do mês, quase R$ 5 bilhões deixaram os cofres, principalmente para o empenho do 13º.
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