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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hoje em Dia: Ministério Público investiga empresa dos filhos de Zezé Perrella

Caso Perrella, aqui!

Fazenda Guará, em Morada Nova de Minas, está avaliada em cerca de R$ 60 milhões - Amadeu Barbosa - HD 
Ministério Público investiga empresa dos filhos de Zezé Perrella

Amália Goulart - Do Hoje em Dia

Os filhos do senador Zezé Perrella (PDT), Gustavo Perrella e Carolina Perrella, são os novos alvos do Ministério Público Estadual (MP). Depois de desvendar um esquema fraudulento de superfaturamento de merendas e marmitas, a Promotoria do Patrimônio Público tem em curso uma investigação sobre a contratação pelo Estado, sem licitação, da empresa Limeira Agropecuária para fornecimento de grãos para o programa ‘Minas sem Fome’, desenvolvido especialmente no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, regiões carentes.

A suspeita é a de contratação irregular além de superfaturamento. Os grãos são produzidos na Fazenda Guará e fornecidos ao Estado. O negócio envolve até mesmo suposto ato secreto da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

A Limeira Agropecuária está registrada em nome de Gustavo Perrella, Carolina Perrella e André de Oliveira Costa. Os filhos do senador são donos majoritários e o sobrinho, André, possui apenas 5% do capital social da empresa. A investigação do MPE foi incorporada a um mesmo procedimento que analisa a compra da Guará pela Limeira. Conforme mostrou o Hoje em Dia, com exclusividade, a fazenda está avaliada em R$ 60 milhões e, na região, todos dizem ser de propriedade do senador Zezé Perrella.

No novo caso, a Epamig contratou, em 2011, a Limeira sem licitação. Existem no Brasil várias empresas especializadas na produção de grãos que poderiam concorrer com a Limeira. Em contratos anteriores, por exemplo, a Empresa Agropecuária de Minas Gerais (Emater), realizou licitação, tendo o mesmo objetivo. As contratações passaram a ficar a cargo da Epamig, que preferiu contratar a Limeira.

A dispensa de licitação não foi totalmente publicada no ‘Diário Oficial’ do Estado, configurando ato secreto. No espaço destinado à prestação de contas existe apenas o nome da contratante e da contratada. As demais informações, como o motivo da dispensa de licitação, foram suprimidas. No campo reservado, existia apenas a mensagem de que, por problemas de informática, não era possível publicar a íntegra do extrato.

A Epamig informou que o contrato é de R$ 2,4 milhões. No ‘Diário Oficial’ consta um aditivo no valor de R$ 386 mil e outros dois repasses somando R$ 300 mil. O programa ‘Minas Sem Fome’ fornece grãos para produtores rurais. A Limeira é responsável pela produção das sementes de feijão. Origem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo normal. Sem surpresas, nenhuma novidade, em se tratando de quem...