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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Brasil247: Lavagem nos EUA afeta HSBC no Brasil; mais Agência Brasil

Mais uma lavanderia, gigantesca!

Lavagem nos EUA afeta HSBC no Brasil

Plano de recuar no setor do varejo, com o fechamento de agências no Brasil, já havia sido anunciado pela direção do banco; estrago feito por investigação do senado americano deve acelerar cortes; HSBC pode ter licença cassada nos EUA; bilhões em dinheiro sujo de traficantes mexicanos e até terroristas da Al-Qaeda ficavam limpos em seus cofres

18 de Julho de 2012 às 13:29

247 – O bilionário escândalo de lavagem de dinheiro envolvendo o banco HSBC nos Estados Unidos pode acelerar, no Brasil, a redução da presença dessa bandeira no setor de varejo, com o fechamento de agências. A direção do banco no País já havia anunciado a decisão de concrentrar negócios entre clientes de alta renda, mas o tamanho do estrago que pode levar até mesmo à cassação da licença para o HSBC funcionar nos EUA terá reflexos na operação global da instituição. Com sede nacional no Paraná, o britânico HSBC se estabeleceu aqui pela incorporação do quebrado Bamerindus, em 1997, numa operação obscura que envolveu milhões em dinheiro público. O caso foi descrito pela revista Veja, à época, como uma doação:

“ O Bamerindus foi doado da seguinte maneira: os ingleses darão os 381,6 milhões ao BC, em troca de 1 241 agências, ativos de mais de 10 bilhões de reais e uma das seguradoras mais rentáveis do país. Pagarão em sete anos, o que já é uma facilidade. Na surdina, o HSBC recebeu 431,8 milhões de reais do BC para reestruturar o Bamerindus e saldar reclamações trabalhistas. O dinheiro serve para comprar computadores novos, contratar consultores, fechar ou abrir agências. O HSBC já sacou esse dinheiro, em três parcelas. Não foi um empréstimo, já que o dinheiro não retornará ao BC. O cálculo aritmético fica bem simples. Além de agências, prédios, depósitos e perspectiva futura de lucro, o HSBC ainda recebeu um troco de 50,2 milhões”, registrou reportagem da revista. 

Neste momento, as acusações formais do Senado americano apontam para o crime de lavagem de dinheiro de cartéis de traficantes mexicanos, empresas russas e remessas pesadas para o Irã. Há suspeita de lavagem em torno de recursos de empresas fantasmas ligadas à rede terrosta Al-Qaeda. O Bamerindus foi doado da seguinte maneira: os ingleses darão os 381,6 milhões ao BC, em troca de 1 241 agências, ativos de mais de 10 bilhões de reais e uma das seguradoras mais rentáveis do país. Pagarão em sete anos, o que já é uma facilidade. Na surdina, o HSBC recebeu 431,8 milhões de reais do BC para reestruturar o Bamerindus e saldar reclamações trabalhistas. O dinheiro serve para comprar computadores novos, contratar consultores, fechar ou abrir agências. O HSBC já sacou esse dinheiro, em três parcelas. Não foi um empréstimo, já que o dinheiro não retornará ao BC. O cálculo aritmético fica bem simples. Além de agências, prédios, depósitos e perspectiva futura de lucro, o HSBC ainda recebeu um troco de 50,2 milhões. aíses como o Irã.

Segundo o relatório de uma comissão de senadores, os cartéis mexicanos utilizaram as filiais do banco para realizar operações que os permitiu lavar milhões de dólares procedentes da droga no sistema americano.

O relatório legislativo também aponta que o HSBC e sua filial nos EUA ocultaram suas operações com o Irã por seis anos, totalizando um valor de US$ 16 bilhões.

As movimentações violaram as regras americanas que proíbem relações comerciais e financeiras com países como Irã, Sudão e Coreia do Norte.

O chefe da auditoria interna do HSBC, David Bagley, anunciou que vai deixar o seu cargo. O responsável foi um dos executivos chamado pelo Senado americano para responder a acusação de que o banco permitiu que houvesse lavagem de dinheiro na unidade do banco nos EUA.

Segundo informações da agência de notícias pública, Lusa, o HSBC reconheceu as ”falhas” e apresentou publicamente desculpas, por ter falhado na fiscalização de possíveis operações. Continue lendo.

Atualização às 23:45

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