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quarta-feira, 23 de maio de 2012

NovoJornal: Gravações ligam filho de Marcio Lacerda a Delta

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Gravações ligam filho de Marcio Lacerda a Delta

Gravações comprovam que Tiago, filho de Marcio Lacerda, mantinha “negócios” com a Delta Construções e COWAN nas obras do BRT da Pedro I

Gravações ocorridas em função de investigações que correram em paralelo a operação Monte Carlo relativas à atuação da Delta Construções S/A, demonstram que Tiago Lacerda, filho do Prefeito de BH, Marcio Lacerda, era quem defendia os interesses da empresa na Prefeitura de Belo Horizonte. Tiago teria inclusive chegado a ocupar, por um período, cargo no conselho de administração da construtora.

Não por acaso, dois dias após a Polícia Federal prender o bicheiro Carlinhos Cachoeira na operação Monte Carlo e virem à tona as relações do contraventor com a Delta Construções S/A, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) emitiu nota de empenho para pagar a Delta separadamente de sua parceira, a construtora Cowan, nas obras do BRT da Avenida Pedro I. Prática contraria decreto municipal que determina que, em caso de consórcios de empresas, o pagamento e a emissão de nota fiscal sejam apenas para um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A nota de empenho publicada no site “Copa Transparente” determinou o pagamento de R$ 2,7 milhões para a Delta em março e mais R$ 568 mil neste mês.

No dia 2 de março, a Prefeitura de Belo Horizonte emitiu a primeira nota de pagamento em nome da Delta. O empenho nº 339 previa o pagamento de R$ 434.277,64 para a Delta. Já o ordenamento nº 338 previa o pagamento R$ 1.737.110,56 para a Cowan.

As duas notas foram anuladas três dias depois, em 5 de março e foi emitida um novo empenho, no valor de R$ 2.171.388,20 em nome do Consórcio, justificando que o cancelamento dos pagamentos foi devido a não liberação de recursos por parte da Caixa Econômica Federal.

Em 21 de março, a PBH voltou a emitir notas de empenho separadas para as duas construtoras. Para a Delta, foram empenhados R$ 2.727.419,60 e, para a Cowan, R$ 10.909.678,40. Os valores são seis vezes maiores do que o primeiro empenho separado para as duas empresas. Todos os ordenamentos são assinados pela servidora da PBH Márcia Teixeira de Carvalho Vitoretti e pelo secretário de Obras Públicas da capital, Murilo Valadares. Continue lendo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quanto mais mexe..