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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Rede Brasil Atual: Na lei desde 1940, aborto legal não saiu do papel para mulheres pobres (Cida de Oliveira)

Na lei desde 1940, aborto legal não saiu do papel para mulheres pobres (Cida de Oliveira)

Caso da menina de 10 anos grávida expõe ainda a cultura do estupro, que culpa a vítima, e o “projeto político de morte que tortura mulheres”, diz ativista 

Pesquisa recente mostra que as maiores vítimas do aborto no Brasil são as negras, menores de 14 anos e moradoras das periferias


São Paulo – O caso da menina de 10 anos que viajou do Espírito Santo a Recife para interromper a gravidez fruto de estupro mostra, entre outras coisas, que uma lei em vigor há 80 anos para garantir esse direito ainda não saiu do papel. Sobretudo quando as vítimas da violência são pobres e negras, conforme Bárbara Pereira, integrante do Fórum de Mulheres de Pernambuco e da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. “Desde 1940 o direito ao aborto em caso de estupro é previsto em lei. Mas na prática não é o que acontece. As mulheres e meninas pobres e negras não exercem esse direito. São as que mais sofrem e morrem devido a abortos inseguros e também as que mais demoram a relatar a violência sofrida”, diz Bárbara.

Leia tudo: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2020/08/estupro-menina-10-anos-aborto-legal/

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