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terça-feira, 14 de julho de 2020

A NOVA DEMOCRACIA - Editorial: Fascismo Cotidiano

Editorial – Fascismo cotidiano


Escárnio. Não há outra palavra para designar a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do último dia 9, que converteu as prisões preventivas de Fabrício Queiroz e Marcia Aguiar em domiciliar. As décadas de envolvimento com esquadrões da morte e extorsões, perpetradas pelo assessor de Bolsonaro, nada significam para o sr. João Otávio Noronha, notório carrasco de pobres presos. Enquanto Queiroz sai de Bangu, e Marcia, sob pretexto de “cuidar do marido”, regressa à casa, milhares de brasileiros doentes seguem penando nas masmorras do sistema prisional; mães presas não têm o mesmo direito reconhecido para cuidar de filhos pequenos, não raro, enviados para abrigos.

Claro que se trata de um jogo de Bolsonaro, buscando ganhar tempo para a sua “emboscada”. Oferece, em troca, qual um mercador, vagas no Supremo, apenas fazendo às escâncaras o que sempre se fez às escondidas. Dizer da política oficial brasileira que se parece com um balcão de negócios chega a ser ofensivo com os mais hábeis (digamos assim) comerciantes. Do ponto de vista estrutural, não ocorreu nenhuma novidade: desde sempre, no Brasil, o Judiciário racista decide segundo dois pesos e duas medidas. Nunca é demais lembrar que a imensa maioria dos encarcerados – os pobres e os pretos de sempre - são mantidos no inferno por crimes não-violentos, ainda que encarceramento por crime nenhum justifique tal inferno. Quase a metade deles sequer foi julgada. Como dizia Lima Barreto, “ora, a lei! Que burla! Que trabuco para saquear os fracos e os ingênuos”. ...

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